Aquele burrinho, mesmo antes de ter nascido, foi escolhido para cumprir uma missão muito importante concernente a nação de Israel. Através das louvores dos discípulos de JESUS “Bendito o Rei que vem em nome do Senhor; paz no céu e glória nas altura” a nação ouvira claramente a mensagem, mesmo que as autoridades do país continuaram rejeitando JESUS como o Messias. Às suas palavras de comando, Mestre, repreende os teus discípulos! JESUS, no entanto respondeu, Se estes se calarem as próprias pedras clamarão (versos 39-40). Não se pode entender como um jumentinho pode cumprir então a vontade de Deus, num momento pivô e exato, mas o ser humano, criado à imagem de Deus não pode. Nas palavras de JESUS, Se estes se calarem as próprias pedras clamarão, há uma mensagem clara que Ele é Deus e Sua soberania é sobre toda criação, incluindo o homem. As pedras, por sua vez, testemunhas de Quem JESUS é, não ficariam caladas, no caso que Seus discípulos não proclamassem a verdade.
Apesar de tudo pertencer a Deus, Ele escolheu as coisas humildes, e rejeitou o melhor que o mundo pudesse oferecer ao Seu Filho, porque nada deste mundo é de valor pra Ele. Ele escolheu um jumentinho sem experiencia, ainda ao lado da sua mãe, invés de um cavalo para apresentar o Seu Filho ao povo como o Messias.
A Bíblia diz que de Deus é todo o animal da selva, e as alimárias sobre milhares de montanhas (Sal.50:10). JESUS veio ao mundo para cumprir o propósito de Deus, de salvar o mundo, não de usufruir as coisas que o mundo oferecera.
Esta não foi a primeira vez que Deus usou um jumento para comunicar-se com o homem. A Bíblia relata uma estória de grande significância para o povo Israel. Ela é a estória de Balaão e sua jumenta. Balaão, um profeta falso e um adivinhador, foi enviado pelo rei de Moabe, Balaque, para amaldiçoar os Israelitas. Deus, no entanto, interferiu mandando um anjo contra Balaão com sua espada desembainhada, desviando-se a jumenta do caminho; porém o Senhor pôs-se num caminho de vinhas, com uma parede de um lado e de outro; vendo pois a jumenta o anjo do Senhor, apertou-se contra a parede, apertando assim o pé de Balaão. Com isso, ele irou-se e espancou a jumenta com o bordão; o Senhor porém abriu a boca da jumenta e ela disse: Que te fiz eu, que me espancaste estas três vezes? … Porventura, não sou a tua jumenta, em que cavalgaste desde o tempo que eu fui até hoje? Costumei eu alguma vez fazer assim contigo? E ele respondeu, não.
(Num. 22). A estória não termina aqui. Com esta experiencia, Balaão aprendeu duas a lições: (1) sua vida foi poupada por causa da sua jumenta (2) Sua missão de amaldiçoar Israel era contra Deus. Ele reverteu a ordem do rei de Moabe e Balaão teve que abençoar Israel.
Já pensou você na inteligência de um animal? Já notou como ele raciocina e faz sua decisão? Pois é, nisto vemos que os animais não são totalmente irracionais. Na sua criação, Deus negou-os a Sua imagem e semelhança, mas deu-os raciocínio. Os animais tem alma limitada ou não, mas eles têm. Eles têm vontade, eles raciocinam, e eles também se emocionam. A alma é composta destes três elementos: vontade, raciocínio e emoção. Estes elementos são percebidos na vida de um animal, grande ou pequeno. O jumentinho no qual JESUS montou, foi o jumento mais abençoado entre todos os outros. Imaginem o Filho de Deus precisando de um burro? Ele que criou todos os seres viventes, Ele que é Criador e dono do mundo? Por que um jumento e não um cavalo especial para um Rei? Paulo disse em uma de suas cartas aos Coríntios que Deus escolheu o tolo para confundir os sábios, os fracos para confundir os fortes; e Deus também escolheu aquilo que no mundo é desprezável e insignificante para que Ele possa desposar e anular as coisas que são, para que o homem mortal não se glorie na presença de Deus (I cor. 1:27-29). Nisto vemos a soberania de Deus em ação. Ele escolhe quem e aquilo que Ele quer para cumprir a Sua vontade sem exceção de pessoas ou animais.
O jumentinho escolhido para levar Jesus a Jerusalém naqueles poucos dias antes da Sua morte, fez parte do cumprimento do propósito de Deus em apresentar JESUS a nação de Israel como o seu Rei. O jumentinho, humilde como ele era, sem atracão alguma desejada pelo homem, seguiu a Jerusalém em meios de celebrações e gritos de adoração em reconhecimento de quem JESUS era e pelos milagres que Ele operou, dizendo, Bendito o Rei que vem em nome do Senhor; paz no céu e gloria nas alturas (Lucas 19:37-38). Este jumentinho foi reservado por Deus para o Seu próprio Filho, o Senhor JESUS. Descendo JESUS do monte das Oliveiras, Ele foi considerado rei pelos Seus discípulos, mesmo que a ideia tenha sido rejeitada pelas autoridades do país. Aquela ação provocou raiva nos demais, mandando JESUS calar o povo. Esta foi uma ação profética no sentido que todo o joelho dobrará, toda a língua confessará que Ele é Senhor para a glória de Deus Pai (Fil. 2:10-11).
O primeiro rei de Israel foi estabelecido rei pela liga das doze tribos, num esforço desesperado contra as forças dos Filisteus. Saul foi ungido com óleo por Samuel na cerimônia de ser posicionado como rei. Um fato interessante nessa estória, é que Saul foi encontrado por Samuel quando ele estava à procura dos jumentos do seu pai, os quais tinham sido extraviados. JESUS mandou dois dos Seus discípulos à busca do jumentinho escolhido para cumprir a função profetizada por Zacarias, que diz: Regozija-te grandemente ó filha de Sião, grita em voz alta, ó filha de Jerusalém! A ti vem o teu Rei trazendo-te salvação. [triunfante e vitorioso], paciente, humilde, submisso, montado num jumento- sobre um jumentinho, filho de uma jumenta (Zac. 9:9). Esta profecia levou mais do que 520 anos para ser cumprida, mas no tempo determinado por Deus ela foi cumprida através do Seu Filho, JESUS. Ele não foi ungido com óleo como era o costume da nação para a estabilização de um novo rei, porque JESUS foi ungido por Deus antes da fundação do mundo; Ele não precisou ser aprovado por2 homem, porque Ele não só é o Criador do homem, mas o Rei dos reis e Senhor dos senhores do mundo, merecedor de toda a honra, de todo louvor, de toda a glória para sempre. Ele veio na primeira vez como o Salvador do mundo, mas na segunda vez, Ele virá como Rei e Juiz soberano sobre todos. Você pode ser um instrumento nas mãos do Senhor, dependendo da sua submissão e obediência à Sua Palavra. Se Deus usou um jumento, claramente que Ele precisa de você e de mim para executar a Sua vontade na extensão do Seu reino.
PENSE NISTO!